Exclusivo! Wax entrevista CICLAME / ALAN MAIA

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Em primeiro lugar gostaríamos de agradecer você por nos conceder essa entrevista

 

O nome CICLAME como surgiu?

Resposta: Eu estava parado a uns anos, focando só em empreender e fazer meu negócio dar certo, não pensava em voltar a produzir para lançar músicas, somente produzir para evoluir e aprender coisas novas. Com isso, uns amigos me procuraram para produzir house pra eles, quando eu comecei a produzir, meio que a “chama” dentro de mim acendeu novamente. Comecei a gostar muito do que eu estava fazendo e tive a ideia de criar um projeto de House, era algo que eu já tinha vontade desde quando comecei a produzir. Como minha carreira musical sempre teve recomeços, eu queria trazer um nome que pudesse de alguma forma expressar um pouco isso. Comecei a pesquisar nomes que tinham o significado de recomeço, algo nesse sentido. Durante minha busca por um nome, deparei-me com a flor conhecida como ‘CICLAME’ e sua simbologia de renovação. Aprofundando-me nessa descoberta, percebi que este nome capturava perfeitamente o espírito de reinvenção e recomeço que queria expressar na minha música. Assim, ‘CICLAME’ tornou-se o nome do meu projeto, um tributo à constante evolução e à paixão que a música trouxe de volta à minha vida.

 

Me conta aqui, você tem um set com quase todas as tracks de sua autoria, isso faz com que você crie uma identidade única e com destaque onde você toca. Qual o segredo para chegar na pista e obter está vibe tão boa que contagia as pessoas?

 

Resposta: Eu acredito que o segredo para criar uma vibe contagiante e única na pista está em combinar elementos que proporcionem uma experiência memorável. Em minhas músicas e sets, busco uma fusão de elementos dançantes, muita energia e groove. Além disso, gosto de adicionar um toque de psicodelia, combinando vocais cativantes e melodias envolventes. Essa mistura de elementos cria a identidade única do CICLAME e, espero, é o que atrai as pessoas para uma jornada musical emocionante e contagiante

 

Quais são as suas principais referências na música? 

 

Resposta: A real sendo bem sincero, não tenho principais referências, basicamente todo dia e quase toda hora eu escuto um som que me agrada e que me inspira. Acaba que fico nesse ciclo infinito de conhecer músicas novas e novos artistas. Mas eu acompanho muito e me inspiro muito no som do Roddy Lima. 

 

Quais tracks não podem faltar hoje no setlist do CICLAME?

 

Resposta: Ciclame – Sweetness que ainda não foi lançada, Ciclame – Galaxia, Ciclame Sumer Sun, Criolo – Fio De Prumo – Ciclame Edit que ainda não foi lançada também. 

 

Como você aprendeu a tocar e produzir suas próprias músicas, Como isso tudo começou?

 

Resposta: Puts, que pergunta boa em, hahaha… Tudo começou quando meu irmão mais velho David, me apresentou a música eletrônica lá em 2006 por aí. Meu primeiro contato foi com o Psy Trance e Progressive House. Ali eu lembro que não tínhamos computador nem pendrive, só um equipamento de som que tocava CD e ele funcionava só 30 minutos e depois ele desligava. Ouvir música eletrônica pra mim, tornou-se um momento que eu esperava muito, eu usava esse momento pra fechar os olhos e me imaginar em florestas, montanhas e até mesmo tocando. Eu comecei a gostar muito da música eletrônica ao ponto de começar a criar músicas na minha mente enquanto eu ia pra escola andando. Um belo dia, um amigo, Victor Hugo me mostrou um programa de criação de música, eu acredito que eu já tinha uns 14 pra 15 anos, na época eu já trabalhava e eu e meu irmão compramos nosso primeiro pc, era simplão, mas ele funcionou o FL Studio que o Vitão tinha me apresentado. 

 

A Partir disso, minha vida mudou, eu contava as horas pra poder sentar no pc e tentar criar um som, lembro que quando eu entendi como fazia pra sair som daquele software todo em inglês, eu no mesmo dia fiz uma musica de 7 minutos. Depois disso eu não parei nunca mais, produzir por 6 meses nesse primeiro pc, até ele começar a travar meus projetos, aí foi tenso, fiquei triste porque meu nível em 6 meses tinha evoluído muito, eu já fazia músicas com mais de 70 canais e eu percebi que um pc pra suportar meus projetos na época era muito caro pra mim. Nesse período foi a primeira pausa obrigatória que tive que dar na música. Comecei a focar no trabalho tradicional, aprendi algumas coisas como edição de vídeos e consegui entrar pra um estúdio perto de casa. Quando fui usar o pc do estúdio pra editar vídeos, vi que o pc era muito rápido, poxa, na hora veio na minha cabeça, “ e se eu instalar o FL studio aqui, e no meu tempo livre eu fazer uns sons” será que é pecado isso ?  Poxa, eu não pensei duas vezes e Instalei, como eu era um bom profissional, e meu trabalho sempre era entregue com qualidade, eu tinha muita confiança do pessoal da empresa, ao ponto de eles me deixarem usar o pc pra produzir. Então eu trabalhava todos os dias de 10 da manhã às 18hrs e depois das 18 eu ficava até de madrugada, até meu olho fechar fazendo músicas. 

 

Com 1 ano eu comecei a lançar músicas na internet, com o nome Alan Live kakakaka. Em poucos meses, um cara ouviu minhas músicas e perguntou porque eu não tocava, e eu respondi:

– “ cara, eu só produzo mesmo porque é uma coisa que me faz muito bem, mas eu não me imaginava tocando por agora não, até porque eu trabalho aos finais de semana como cinegrafista, então não tenho tempo. Mas ele me perguntou, “ se eu te colocasse como HeadLiner de festas que eu faço pra você tocar somente suas músicas, você tocaria?”

– Eu respondi que sim, mas que eu iria criar um nome, porque Alan Live na minha visão era feio .

Foi assim que nasceu o Major Groove, meu primeiro projeto de música eletrônica, que deu início a minha jornada musical e assim com ele conheci muitas pessoas que acreditam eu meu trabalho, que me ajudaram com equipamentos pra tocar, abriram portas para eu produzi meu sons em melhores equipamentos, tive o apoio da Alien Records que me abraçou e lançou minhas músicas. Conheci amigos que eram fãs dos meus sons e me ajudaram a aprender tocar em CDJS, foi assim que tudo começou, e desde então diante de várias recomeços em minha vida eu estou aqui até hoje, com a chama acesa e sempre acreditando que um dia vou ser reconhecido pela minha história e pelas minhas musicas. 

 

O que esperar do set do CICLAME no dia 25 na WAX, terá uma identidade sonora mais definida ou abraça diversos estilos dentro da música eletrônica?

 

Resposta: Olha, não sou um cara que gosta de criar expectativa nas coisas não, mas tudo que faço eu faço com amor e com o coração. Então essa apresentação na Thisiswax vou levar como a melhor apresentação da minha vida, vai ter muito groove, muita melodia, e bastante som underground. Vai ser um convite para todos que estiverem presentes conhecer mais meus lançamentos, que praticamente todo mês tem lançamento novo.

É isso pessoal, gratidão total pelo convite, por me dar a oportunidade de contar um pouco da minha história e de alguma forma ajudar e acrescentar algo de bom na vida das pessoas. 

 

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Agradecemos a você imensamente

thisiswax