Em primeiro lugar gostaríamos de agradecer você por nos conceder essa entrevista
O nome NATURAL como surgiu?
Resposta: : Eu gosto muito de me aventurar em corridas por serras e meio do mato , fazia muita corrida de 20k a 42k e um belo dia em uma corrida meus insumos acabaram, faltou água e então decidir procurar água, eu estava na serra da Gandarela em Rio Acima Mg e lá achei algumas frutas que eu não sei o que era até hoje e comi e me fez muito bem, achei água cristalina foi isso que me deu um “gás” para finalizar a corrida os restantes 30 km km, então fiquei com isso na cabeça, e decidir que meu projeto que eu estava estudando na época se chamaria NATURAL. Tudo vem da natureza. E nome NATURAL foi definido.
Sabemos que você iniciou sua trajetória artística no Progressive Trance, gostaríamos de saber o que mudou na sua visão para os dias de hoje e quais características se mantiveram presentes em seus trabalhos?
Resposta: Desse tempo que fiquei fora não pude perceber bastidores, mas sei que depois da pandemia eu vi muitos novos projetos surgindo com produções muito mais elaboradas, acredito que na pandemia e do isolamento muitos djs aperfeiçoaram ou estudaram produção musical, algo que eu também me reciclei.
Características do progressive trance eu vejo em tudo!! Na maneira que os elementos se relacionam e se desenvolvem ao longo da música, eu tento sempre mesclar um pouco do prog e do techno.
Ou seja, eu não sigo exatamente um gênero, eu faço as musicas para soarem bem aos ouvidos!
Quais são as suas principais referências na música?
Resposta: Hoje eu não tenho referencias, mas comecei ouvir David Guetta, Tiesto, Infected Mushroom, Skazi, DNA, Goa Gil, Bizarre Contact, Sesto Sento, Paranormal, Phobia, Melicia, Michelle Adamson, Sub6, Void, Eskimo e por a vai haha.
Quais tracks não podem faltar hoje no setlist do NATURAL?
Resposta: Intelligence Machine!
Como você aprendeu a tocar e produzir suas próprias músicas, Como isso tudo começou?
Resposta: Nossa! História longa, que vou contar um pouco.
Era meu primeiro projeto se chamava X-vision e Fectro Live eu meu amigo Gustavo Borges – Raposos MG
Eu e ele começamos a criar sets de High Tech na época, e em uma pesquisa minha no Youtube, e isso era em 2004 eu acho, vi um soft que fazia sequências de kick e snare ele era o FL STUDIO 2004 eu não sei como mas eu baixei ele e comecei a clicar no meu teclado e saia o som e eu gostei demais daquilo clicava na tecla “n” saia um som que na época eu n sabia nada de instrumentos então resolvei adotar esse soft nos meus set então imagina! Eu tocava Bizarre Conctact e ao mesmo tempo o notebook CCE parcelado de 45 vezes com uma renda de 100 reais que era o SENAI onde eu estudava e fazia techno em usinagem e manutenção eu pagava o notebook de mostruário no carnê Ricardo Eletro . Voltando! Eu tocava o set e apertava qualquer teclado aí saia o som e eu fiquei animado até que descobrir q o soft tinha também uns instrumentos virtuais, aí pronto eu já me achava um Sento “live” mas aí eu comecei a fazer sequências de kick e snare e fiquei empolgado e saiu uma música! Sem estudar YOUTUBE muito menos pessoas ouçam por favor https://www.palcomp3.com.br/fectro/ilusion-force/ link aí até que encontrei um Dj chamado Curuja ele me ensinou a organizar e criar música no FL.
É uma história grande! Sem esses caras o Gustavo Borges e Dj Curuja eu nunca iria iniciar na música eletrônica! Outro amigo meu é o Oquenes de Raposos, primo do Gustavo, ele que apresentou o Gustavo, então esses caras são demais muitas histórias. Então passou anos eu comecei a aprender até chegar em um nível legal. Conheci o Henrique Castelo em uma festa que eu fui tocar e lá batemos papo e já vi que o cara era músico! Pronto o complemento! Montamos o OVERDONE! Maravilha! E foi com ele que eu desenvolvi detalhes, ou seja, a ser detalhista, e o Henrique quando começava a criar um BASS ele ficava quase o dia todo ou alguns dias para moldar o timbre, Dividíamos os nossos conhecimento, e até hoje eu carrego isso, ser detalhista em tudo em qualquer processo da track. E para fechar a musicalidade para este estilo que estou hoje até mesmo adaptar o prog foi do Pai do Henrique! O Zé! Era assim: criar música sábado as 10h da manhã! 1. Eu chegava, Henrique me esperando, e o Zé algumas vezes ouvindo suas Músicas em sua área de churrasco com sua tv e Youtube, me apresentava algumas faixas, clássicos, lançamentos do POP, DANCE, ELETRO e origem das letras dos atuais sertanejos raiz e do MPB e internacional, a analise era para que prestasse atenção sempre na harmonia da música e nisso eu aprende muito a ouvir detalhes de uma música seja ela em qualquer gênero.
Eu e o Henrique lançamos a Overdone – Lara e Overdone – Misty Mountains entre outras. Essas duas são especiais.
Resumo pessoas que me ajudaram: Oquenes Filho, Gustavo Borges, Dj Curuja, Henrique, Tiago Sena (4i20).
Essa aí é um pouco da minha história.
O que esperar do set do NATURAL dia 25 na WAX, terá uma identidade sonora mais definida ou abraça diversos estilos dentro da música eletrônica?
Resposta: Um Set muito especial com faixas exclusivas, passando pelo Melodic Techno e Proguessive House.
Ficamos felizes com você fazer parte do nosso time
Agradecemos a você imensamente
thisiswax
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